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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Chuva afeta 57 mil em 17 cidades


Roberto Custódio / Jornal de Londrina / Em Jataizinho, o rio que leva o nome da cidade transbordouEm Jataizinho, o rio que leva o nome da cidade transbordou
ESTRAGOS

Chuva afeta 57 mil em 17 cidades

Com cerca de 50 mil pessoas prejudicadas, Londrina decreta situação de emergência. Bandeirantes e Jataizinho têm 390 desabrigados.
A chuva contínua que atinge o Paraná desde segunda-feira afetou a vida de 57,6 mil pessoas em todo o estado – 50 mil só em Londrina –, segundo o último boletim divulgado pela Defesa Civil Estadual. O número de municípios que relataram problemas com alagamentos, enxurradas e deslizamentos subiu para 17 – a maioria nas regiões Norte, Noroeste e Norte Pioneiro.

  • Maringá teve precipitação histórica
Marcus Ayres e William Kayser, da Gazeta Maringá
O Instituto Tecnológico Simepar registrou 185,4 milímetros de chuva na terça-feira em Maringá, no Noroeste do estado. Foi a maior precipitação em um único dia para o mês de junho desde a instalação da estação do Simepar, em 1998, e superou a maior ocorrência registrada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMet) em 1982.
O mau tempo causou muitos estragos na cidade. O Corpo de Bombeiros e as secretarias de Serviços Públicos e de Transportes registraram casos de quedas de árvores, deslizamentos de terra e vias interrompidas. Em dois trechos do Anel Viário Sincler Sambati (Contorno Sul) houve quedas de barreira.
Buracos se formaram nas avenidas Morangueira e Pedro Taques depois do entupimento de bocas-de-lobo. Outro deslizamento ocorreu nas obras de rebaixamento da via férrea, entre a Avenida 19 de Dezembro e a Rua Arlindo Planas.
União da Vitória
Cerca de 40 famílias estão há 20 dias fora de casa
Derek Kubaski, especial para a Gazeta do Povo
A cidade de União da Vitória, no Sul do Paraná, ainda sente as consequências das chuvas que aconteceram no começo do mês e provocaram o aumento do nível do Rio Iguaçu. Segundo o diretor da Defesa Civil da cidade, Marco Antônio Coradin, 40 famílias ainda não puderam voltar para suas casas. Elas estão abrigadas no Parque de Exposições de União da Vitória. Outras 31 famílias foram levadas para casas de amigos e familiares.
“Já recebemos algumas doações de cobertores e colchões, por parte da Defesa Civil estadual, e estamos tentando conseguir cestas básicas para as famílias afetadas”, afirmou. Segundo ele, o nível do rio continua subindo. Ontem, estava pouco mais de 5 metros acima do nível normal.
No total, 128 casas foram danificadas e seis, destruídas. São 496 pessoas desabrigadas (que tiveram de ser levadas para abrigos públicos) e 817 desalojadas (removidas para a casa de parentes ou amigos). Pelo menos seis rodovias tiveram trechos bloqueados totalmente ou parcialmente em virtude de água na pista ou desmoronamentos.
A cidade que concentra o maior número de desabrigados, segundo a Defesa Civil, é Bandeirantes. O município sofre as consequências de fortes enxurradas, que afetaram mil pessoas. Destas, 695 foram obrigadas a deixar suas casas e ir para a residência de parentes. Outras 150 estão em abrigos públicos.
Já Londrina decretou situação de emergência por causa das chuvas. A cidade sofre com alagamentos, que interditaram ruas e provocaram danos em 27 unidades escolares. Dois parques estão interditados. De acordo com a estação meteorológica do Iapar, só na terça-feira choveu mais de 200 milímetros em Londrina.
O volume de chuvas em todo o mês de junho, 340 milímetros, já é 290% maior que a média esperada para todo o mês, de 87 milímetros. O número ultrapassou o antigo recorde registrado pela estação, que era de 161 milímetros em junho de 1997.
Segundo o prefeito Barbosa Neto, foi a pior chuva registrada na cidade desde a inauguração da estação meteorológica, na década de 1970. “Graças a Deus não houve nenhum caso grave, nenhuma família desabrigada, porque mais de 1 mil famílias foram retiradas de fundos de vale”, afirmou. A instabilidade e a neblina fecharam o Aeroporto José Richa pelo 3.º dia seguido.
Rio Tibagi
Outra cidade bastante atingida é Jataizinho, também no Norte. O volume de água no Rio Tibagi ficou tão alto que quase cobriu a ponte na rodovia BR-369, que cruza o rio. Por causa do excesso de água, o Rio Jataizinho, afluente do Tibagi, não conseguiu escoar e acabou transbordando. Cerca de 240 pessoas estão desabrigadas no município e 80 casas foram danificadas, segundo o balanço da Defesa Civil.
Mas o coordenador da Defesa Civil em Jataizinho, Dorival Duarte, acredita que haja mais pessoas desalojadas.
Colaborou Felippe Anibal

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