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Professor de Língua Portuguesa na Rede Estadual de Ensino - Governo do Paraná

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Atros Construção Civil Eireli é a Empresa responsável pela Reforma do Col. Est. Ambrósio Bini em Almirante Tamandaré - Pr.

Após uma longa espera de toda Comunidade Escolar do Col. Est. Ambrósio Bini acompanhou hoje, na SUDE, a Comissão de Licitação de Obras de Engenharia da Secretaria de Estado de Educação que procedeu com o início da abertura dos envelopes, sendo analizados, com seus representantes: TS Construção Civil Ltda; Vento Nordeste e Atros Construções e Empreendimentos Eirele, concluindo pelos seguintes resultados:

1ª Atro Construção Civil Eireli - R$ 1.787,478,80
2ª M.I. Cosntrutora de Obras Ltda - R$ 1.811.058,52
3ª Vento Nordeste Construções - R$ 2.049,497,03
4ª TS Construção Civil Ltda - R$ 2.070.859,80

Encerrada a fase de classificação, a Comissão considerou todas aptas.
Encerrando a fase de habilitação e com base no disciplinado pela Lei Estadual 15.608/07, a Comissão declarou vencedora do certame Atro Construção Civil Eireli, com o valor de R$ 1.787,478,80 ( um milhão, setecentos e oitenta e sete mil, quatrocentos e setenta e oito reais e oitenta centavos)

Representantes e participantes

Vento Nordeste / TS Construção Civil / Representante do Professores / Diretora auxiliar / Representante da Prefeitura e Chefe do NRN AM Norte


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terça-feira, 16 de julho de 2013

Licitação Ambrósio Bini

Amanhã 9:30 horas será a abertura da Carta de Licitação do @[100004277913289:2048:Col Est Ambrósio Bini], Vamos ficar sabendo qual será a Empreiteira que reformará nosso querido Colégio.
Estão todos convidados a comparecer a SUDE Rua dos Funcionários, 1323, esquina com a Rua Recife, Bairro Cabral.
Amanhã 9:30 horas será a abertura da Carta de Licitação do Col Est Ambrósio Bini, Vamos ficar sabendo qual será a Empreiteira que reformará nosso querido Colégio.
Estão todos convidados a comparecer a SUDE Rua dos Funcionários, 1323, esquina com a Rua Recife, Bairro Cabral.
Após uma longa e estressante espera, tem-se novamente a possibilidade de acompanhar um feito importantíssimo para toda Comunidade Escolar Ambrósio Bini. Esta data ficará marcada na História de todos que estão acompanhando a luta incansável de muitos heróis que não convém momeá-los, pois seria injusto o esquecimento do nome de uma pessoa sequer... 

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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Franz Kafka é homenageado em doodle do Google

Doodle do Google celebra os 130 anos de nascimento do escritor Franz Kafka

Personagem Gregor Samsa, de A Metamorfose, acorda transformado em um inseto Foto: Reprodução
Personagem Gregor Samsa, de A Metamorfose, acorda transformado em um inseto
Foto: ReproduçãoFranz Kafka (3/7/1883 a 3/6/1924), escritor de clássicos da literatura universal como A Metamorfose, O Processo e Carta ao Pai recebe é homenageado em doodle do Google. A imagem relembra a obra A Metamorfose, quando o personagem Gregor Samsa acorda transformado num inseto (algumas traduções descrevem como uma barata). As letras que formam a palavra Google também estão caracterizadas com detalhes que remetem à obra do escritor tcheco.
Franz Kafka
Considerado um dos principais escritores de literatura moderna. Sua obra retrata as ansiedades e a alienação do homem do século XX. Kafka nasceu em Praga , cidade que pertencia ao império austro-húngaro, filho de um comerciante judeu, cresceu sob as influências de três culturas: a judia, a tcheca e a alemã. Seu pai, Hermann Kafka foi descrito como um "grande empresário egoísta e arrogante". A relação de Kafka com seu pai foi gravemente perturbada, conforme explicado na carta ao seu pai, em que ele se queixou de ser profundamente afetado pelo exigente caráter autoritário deste.
Franz Kafka não tinha uma boa relação com o pai Foto: Reprodução
Franz Kafka não tinha uma boa relação com o pai
Foto: Reprodução
No ano de 1902 conhece Max Brod, seu grande amigo, a quem pedirá, em 1922, que destrua todas as suas obras após sua morte. Brod, também escritor, jornalista e compositor, não queimou os manuscritos, diários e cartas e tudo o que restava, como era a última vontade do escritor, acabou publicando os textos do amigo.

Solitário, com a vida afetiva marcada por irresoluções e frustrações, Kafka atingiu pouca fama com seus livros, na maioria editados postumamente. Mesmo assim era respeitado nos círculos de literatura que frequentava.
Kafka faleceu no dia 3 de junho de 1924 no sanatório Kierling, perto de Klosterneuburg na Áustria. A causa oficial da sua morte foi insuficiência cardíaca, apesar de sofrer de tuberculose desde 1917.

Obras
A Metamorfose (novela escrita em 1912 em uma noite em claro conforme descreve, e publicado em 1915) narra o caso de Gregor Samsa, que após acordar de um pesadelo, vê seu corpo transformado em um inseto. Conforme a história se desenvolve o filho se vê inferiorizado com relação a figura paterna. Franz Kafka trata da condição humana, da humilhação, com uma linguagem rica em ironias e metáforas, e que se aprofunda nas relações de poder dentro do âmbito familiar.
A Metamorfose é uma das obras mais famosas do século XX Foto: Reprodução
A Metamorfose é uma das obras mais famosas do século XX
Foto: Reprodução
Em Carta ao Pai a relação com seu pai é exposta em detalhes. Foi escrita em 1919, mas nunca chegou a ser enviada a seu pai, embora houvesse cogitado como revela em carta a Milena Jesenská. O Processo (1925) é um romance, que conta o caso de Josef K., ele se encontra envolto a um nebuloso processo sobre um crime que lhe é desconhecido. A condição humana e sua relação nesta obra, já ultrapassa a dimensão da família, e passa a englobar as relações de dominio do Estado sobre o indivíduo. Em O Castelo (1926), o agrimensor K. é convidado a exercer sua atividade a convite dos senhores de um castelo, mas ao lá chegar é recepcionado com espanto pelos aldeões, ao mesmo tempo em que o acesso ao castelo se torna mais e mais distante.
O termo kafkiano mostra retrata indivíduos sem rumo Foto: Reprodução
O termo kafkiano mostra retrata indivíduos sem rumo
Foto: Reprodução
Kafkiano
Essas três obras-primas definem não apenas boa parte do que se conhece até hoje como "literatura moderna", mas o próprio caráter do século: kafkiano. No mundo kafkiano, os personagens não sabem que rumo podem tomar, não sabem dos objetivos da sua vida, questionam seriamente a existência e acabam sós, diante de uma situação que não planejaram, pois todos os acontecimentos se viraram contra eles, não lhes oferecendo a oportunidade de se aproveitar da situação e, muitas vezes, nem mesmo de sair dela. Por isso, a temática da solidão como fuga, a paranoia e os delírios de influência estão muito ligados à obra kafkiana .
Os doodles do Google
O Google costuma comemorar datas importantes para a humanidade, como aniversários de invenções e personalidades ligadas à cultura e à política, por exemplo, com customizações do logo na página inicial do site de buscas. O primeiro doodle surgiu em 1998, quando os fundadores do Google criaram um logotipo especial para informar aos usuários do site que eles estavam participando do Burning Man, um festival de contracultura realizado anualmente nos Estados Unidos. O sucesso foi tão grande que hoje a companhia tem uma equipe de designers voltada especialmente para a criação dos logotipos especiais. Já foram criados mais de 300 doodles nos Estados Unidos e mais de 700 para o resto do mundo.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Mandela segue em estado crítico mas estável, diz presidência sul-africana

Mandela segue em estado crítico mas estável, diz presidência sul-africana

Estado de Madiba passou de grave para crítico em 23 de junho.
O ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, de 91 anos, segue em estado "crítico mas estável", anunciou nesta segunda-feira a presidência do país em um comunicado.
"Lembramos a todos os sul-africanos que comecem a preparar o aniversário de Madiba (como Mandela é conhecido em seu país) em 18 de julho", disse o presidente Jacob Zuma.

Em cada 18 de julho, os sul-africanos costumam realizar 67 minutos de trabalho comunitário em homenagem aos 67 anos que Mandela passou lutando contra o regime racista do apartheid."Devemos fazer algo pelo bem da humanidade nesse dia, em homenagem a nosso antigo presidente", acrescentou o comunicado.
Além disso, Zuma agradeceu a todos os sul-africanos por "terem presente em seus pensamentos e orações" o ex-presidente, que completou oito dias internado.
Nelson Mandela foi hospitalizado em 8 de junho por uma recaída de uma infecção pulmonar. O estado de Madiba passou de grave para crítico em 23 de junho.
O ex-mandatário foi hospitalizado por quatro ocasiões desde dezembro do ano passado. Mandela contraiu problemas respiratórios durante os 27 anos que passou detido nas prisões do apartheid

Blatter se diz preocupado com futuros protestos no Mundial

Reuters / Blatter mostrou preocupação com protestos na Copa de 2014Blatter mostrou preocupação com protestos na Copa de 2014
COPA DAS CONFEDERAÇÕES

Blatter se diz preocupado com futuros protestos no Mundial

Presidente da Fifa mostrou desconforto com manifestações e espera não ver o mesmo no ano que vem.
Tomando todo o cuidado para não soar antipático, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, deixou claro nesta segunda-feira (1.º) o incômodo que lhe causou, e ainda causa, a onda de protestos que tomou de assalto o Brasil e a Copa das Confederações. Na entrevista coletiva que concedeu em um luxuoso hotel do Rio para fazer uma avaliação do torneio, o suíço mencionou várias vezes as manifestações, mesmo quando não foi perguntado sobre isso.
E sempre exibiu seu desconforto por ter de lidar com um problema que não esperava encontrar no Brasil. "Quando começamos, havia um certo temor do que iríamos encontrar", comentou o cartola. "Mesmo que tenha existido a inquietação social, agora temos certeza de que essa inquietação está esfriando, não sei por quanto tempo."

Por isso, o chefão da Fifa tenta a todo custo diminuir a importância dos protestos contra os torneios organizados por sua entidade no Brasil. "Não quero opinar sobre problemas internos do Brasil", disse ele. "O futebol serve para conectar as pessoas. Nunca dá para satisfazer a todos, então nós tentamos satisfazer o máximo de pessoas possível."Ao dizer que não sabe quanto tempo os protestos vão durar, Blatter escancara sua preocupação com a Copa do Mundo de 2014. São grandes as chances de as manifestações se repetirem no Mundial, talvez até de maneira mais intensa do que na Copa das Confederações.
Também presente à entrevista, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo defendeu a legitimidade das manifestações e lembrou que em nenhum momento o governo federal prometeu um evento completamente livre de problemas. "Creio que cumprimos o desafio de realizar o torneio, mas em nenhum país em que se faz um evento desse tamanho o desafio é 100% cumprido."
O ministro voltou a defender o investimento do governo na Copa das Confederações e na Copa do Mundo e garantiu que as obras de infraestrutura prometidas para o torneio do ano que vem estarão todas prontas, embora a maioria delas esteja muito atrasada.
"As obras têm de ficar prontas para a Copa do Mundo, não para a Copa das Confederações. E quero lembrar que elas são para a população, não para a Copa. Elas já seriam feitas de qualquer maneira, apenas o calendário foi modificado."

Vozes das ruas mostram Egito polarizado

Vozes das ruas mostram Egito polarizado

Atualizado em  1 dTe julho, 2013 - 16:43 (Brasília) 19:43 GM
Protesto no Cairo (Foto: Reuters)
Milhões voltaram às ruas do Cairo
O Exército do Egito deu aos partidos do país um prazo de 48 horas para que encontrem uma solução que ponha fim à nova onda de protestos que tomou conta do país.
Caso a crise não seja resolvida, o próprio Exército disse que elaboraria uma "rota para a paz" que atendesse aos "anseios do povo".
No domingo, o Egito testemunhou um dos maiores protestos no país desde a onda de manifestações em 2011 que acabou derrubando o presidente Hosni Mubarak.
Milhões de pessoas foram à praça Tahrir, no centro do Cairo e outras cidades para protestar contra o presidente Mohammed Morsi, eleito há um ano.
Mprsi se tornou o primeiro presidente islâmico do Egito, depois de vencer uma eleição considerada livre e justa por observadores internacionais.
Mas grande parte da população acusa Morsi de ter sido incapaz de encontrar soluções para os problemas econômicos que o país enfrenta, e quer a renúncia do presidente. Quatro ministros já teriam renunciado aos cargos.
Segundo o Ministério da Saúde do país, pelo menos 16 pessoas morreram devido a confrontos nos protestos e outras 781 ficaram feridas desde domingo.
A BBC foi às ruas, conversou com egípcios de várias correntes políticas e pode observar que a população está dividida quanto ao pedido de renúncia do governo.

Ahmed Raafat, Cairo

Ahmed Raafat (Arquivo Pessoal)
Para Ahmed Raafat Egito precisa de novas eleições
"Estamos protestando contra a corrupção, a crise econômica e as condições de segurança no país.
Acreditamos que ocorrem graves violações dos direitos humanos. A Irmandade Muçulmana (o partido) de Morsi realizou ataques contra manifestações pacíficas.
Exigimos eleições."

Salma Ashraf, Cairo

"Não concordo com aqueles que pedem a renúncia de Morsi. Apesar de respeitar o direito democrático ao protesto.
Morsi foi eleito para um mandato de quatro anos e deve completá-lo. É absurdo pedir por novas eleições agora, depois de apenas um ano. É como mudar as regras de um jogo só porque você não gosta dos resultados. É antidemocrático e infantil.
Salma Ashraf (Foto: Arquivo Pessoal)
Salma afirma que um ano não é o bastante para o presidente mudar o país
Um ano simplesmente não é o bastante para acabar com todos os problemas da sociedade causados por Mubarak. O que precisamos é nos unir e apoiar Morsi, que foi eleito como o presidente de todos os egípcios.
Alguns dizem que Morsi está tentando 'islamizar' o Estado e suas instituições. Mas isto não é verdade. Qualquer um que acompanha as notícias sabe muito bem que o primeiro-ministro Hisham Qandil ofereceu, no passado, cargos do governo e nos ministérios para nomes da oposição, mas eles sempre se recusaram a trabalhar com o partido governante.
Temos que cultivar o respeito pela lei e pela (decisão das) urnas."

Abdel Rahman Ibrahim, Alexandria

"Não apoio Morsi, mas não concordo com os manifestantes.
Abdel Ibrahim (Foto: Arquivo Pessoal)
Abdel Ibrahim não é partidário de Morsi mas discorda de protestos
O Egito está sendo mergulhado em uma guerra civil e isto não está sendo levado à sério. Tenho certeza de que haverá violência e muito sangue derramado.
Pressionar Morsi através do Parlamento é uma solução democrática."

Yasser Fouad Ahmed, Cairo

"Como os manifestantes podem pedir para ele (Mohammed Morsi) renunciar? Morsi foi eleito por 13 milhões de eleitores entre os 25 milhões de egípcios que podiam votar.
Concordo que Morsi não cumpriu todas as promessas do ano passado e que o partido do governo não conseguiu gerenciar o país. Mas isto não anula o fato de que ele ainda é o presidente eleito legitimamente. O primeiro presidente eleito democraticamente em eleições livres e justas.
Se os manifestantes conseguirem o que querem, não será um bom prenúncio para o futuro deste país, pois quem quer que ocupe o cargo depois de Morsi não ficará no poder nem mesmo por seis meses.
Yasser Ahmed (Foto: Arquivo Pessoal)
Yasser Ahmed não quer que o país mergulhe no caos
Quem não estiver satisfeito com as coisas sempre poderá mudar tudo na próxima eleição. Se o movimento rebelde pode conseguir 22 milhões de assinaturas, como eles alegam, por que eles não contestam as eleições e começam a fazer parte do processo de tomada de decisões?
Peço que todos estes manifestantes voltem para casa. Caos é a última coisa que este país precisa."

Atef Rezk Kalla, Alexandria

"Estamos protestando pois Morsi não é um presidente para todos os egípcios. Ele apenas se importa com o próprio grupo, a Irmandade Muçulmana. Ele não se esforça para desenvolver o Egito.
Ele abusa do cargo que ocupa para influenciar todos os aspectos do poder com seus pensamentos religiosos e terroristas. Não queremos que o Egito seja o próximo Afeganistão, Irã ou Sudão. Queremos continuar sendo o Egito.
Atef Rez Kalla (Foto: Arquivo Pessoal)
Atef Kalla afirma que, com mais um ano de Morsi, Egito ficará arruinado
A situação econômica é terrível. Não há petróleo e eletricidade. Enfrentamos um grande problema com o (rio) Nilo também.
A Constituição é uma grande razão para os protestos, pois ele (Morsi) também não se importa com as minorias. Ele cometeu erros e não inclui todos os egípcios.
Morsi e seu grupo manipulam a imprensa - TV, rádio e jornais - e o Ministério da Cultura também influencia as pessoas.
Sou cristão e acho que nossa situação nesta ficou pior do que no regime anterior, que também não era boa.
Quatro xiitas foram mortos de uma forma terrível recentemente por causa de um pedido dos imãs durante uma reunião com Morsi. Nunca vimos isto no Egito antes.
Ele está no poder há apenas um ano e (este ano) tem sido mais terrível do que anos anteriores. Se esperarmos o outro ano, o Egito ficará 

Mais da metade dos alunos não aprende o que deveria

 /
EDUCAÇÃO

Mais da metade dos alunos não aprende o que deveria

Estudantes do 2º e 3º ano não compreendem o conteúdo em disciplinas básicas. Desigualdade no ensino entre as regiões do país ainda é grande.
O resultado da Prova ABC, divulgado ontem pelo movimento Todos pela Educação mostra que mais da metade dos alunos brasileiros não aprende o que se espera em matemática, leitura e escrita até os 8 anos de idade. A pesquisa também põe em evidência a discrepância entre a aprendizagem dos alunos de diferentes regiões do país.
Entre os estudantes do 3.º ano do ensino fundamental, por exemplo, somente 23,4% dos alunos da rede pública na Região Norte superou a faixa do que se considera o nível de habilidade adequado na leitura de textos. No Sudeste, esse número salta para 52,8%. Outros dados também mostram desigualdade semelhante em habilidades matemáticas e de escrita. Em comparação com o resto do país, o Paraná alcançou índices medianos.
Boletim
Paraná tira nota vermelha em leitura e escrita
Com base na redação feita pelos estudantes, a habilidade em escrita foi avaliada pela Prova ABC. No Paraná, apenas 35,8% dos alunos das redes pública e privada tiveram desempenho satisfatório, acima dos 75 pontos. O índice cai para 32,1% quando se trata apenas da rede pública.
Os estados que apresentaram mais alunos com acima dos 75 pontos foram Goiás (42%), Minas Gerais (41,6%) e São Paulo (39,3%) e os estados com menor porcentual foram Pará (11,6%), Maranhão (13%) e Piauí (16%).
Em leitura, o porcentual de alunos que atingiram 175 pontos ou mais no 3º ano foi de 44,5%, considerando redes pública e privada. A Região Norte apresentou o menor porcentual, 27,3%, e a Região Sudeste o maior, 56,5%.
Na comparação por estados, as diferenças são ainda maiores: São Paulo (60,1%), Minas Gerais (59,1%) e Distrito Federal (55%) apresentam os melhores resultados, enquanto Alagoas (21,7%), Pará (22,2%) e Amapá (22,8%), apresentam os menores porcentuais. O Paraná alcançou uma posição intermediária, registrando o índice 48,4% quando se consideram as duas redes, e 43,4% quando se trata apenas do ensino público.
A avaliação é promovida por uma parceria entre o Todos Pela Educação, a Fundação Ces­­granrio, o Instituto Pau­­lo Montenegro/Ibope e o Inep. Aplicado no final de 2012, foram avaliados 54 mil alunos de 1,2 mil escolas públicas e privadas distribuídas em 600 municípios brasileiros. Metade da amostra é de alunos do 2.º ano e a outra metade do 3.º ano, ano considerado limite para a alfabetização de acordo com o recém-lançado Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic).
São usadas como referência as escalas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). A partir dessa escala, a Prova ABC considera como nível de proficiência adequado o nível 175, tanto na escala de leitura como de matemática. Como o Saeb não avalia a habilidade de escrita, foi utilizada uma escala própria, de 0 a 100, dentro da qual o índice de aprendizagem considerado adequado partiria dos 75 pontos.
Matemática
Em relação ao nível de proficiência dos alunos em matemática, 60% dos estudantes paranaenses da rede pública chegaram apenas à faixa mais básica de domínio. Outros 33,6% alcançaram um desempenho intermediário e apenas 6,4% aprenderam o esperado. Esse último índice é o mais baixo da Região Sul, mas superior aos resultados de outros dez estados. A média nacional da rede pública foi de 12% dos alunos com índice superior a 175 pontos.
Considerando os alunos do 3.º ano, o porcentual de alunos com proficiência adequado é expressivamente maior. No Paraná, 31,4% ultrapassaram os 175 pontos.
Prova ABC expõe carências do sistema brasileiro
Desigualdades sociais e pouca atenção à educação infantil são causas do índice baixo, dizem analistas. Para Priscila Cruz, diretora executiva do Todos pela Educação, o resultado comprova, mais uma vez, a dificuldade do sistema educacional brasileiro em proporcionar um nível de aprendizagem adequado a, pelo menos, a maior parte dos estudantes. “Temos menos da metade das crianças com essas três competências consolidadas, e elas são muito importantes para que a criança continue a aprender nos anos seguintes”, diz Priscila, referindo-se às habilidades de leitura, escrita e matemática.
Para a professora do curso de Pedagogia das Faculdades Integradas do Brasil (UniBrasil), Meire Donata Balder, os números também não surpreendem, já que reforçam o que outros exames do MEC ou o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) têm mostrado há anos.
Para ela, uma das causas que mais influenciam os baixos índices da educação básica é pouca atenção dada à Educação Infantil até alguns anos atrás. “A educação infantil ainda é vista mais como um direito à mãe que trabalha do que um direito da criança, que precisa de acompanhamento escolar para se desenvolver. Isso precisa mudar”, diz.
“Iniciativa acertada”
O consultor educacional Renato Casagrande concorda com a importância da educação infantil no processo de alfabetização e considera o Pnaic uma iniciativa acertada do governo, mas cujos resultados só devem aparecer dentro de pelo menos três anos.
Sobre a diferença nos índices educacionais dos estados, Casagrande diz que se trata de um problema diretamente atrelado à desigualdade social. “É muito difícil fazer gestão da educação num país tão grande como o nosso, principalmente contando com regiões como o Norte e o Nordeste, que apresentam indicadores ruins em praticamente todas as áreas”, diz.
A respeito do desempenho do Paraná, o educador lamenta a falta de destaque do estado, com desempenho inferior ao de seus vizinhos no Sul.
Para ele, embora Curi­tiba sempre alcance boas posições no Índice de Desenvolvimento da Edu­cação Básica (Ideb), o restante do estado não acompanha a capital. Segundo o consultor educacional, a solução passa por uma melhoria contínua na formação de professores e gestores escolares.